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Brasil

Governo Lula quer proibir CAC de transportar armas carregadas até clubes

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A ideia é evitar a possibilidade de fraudes para uma pessoa andar com arma municiada pela rua fingindo que está indo treinar num clube de tiro, informou o futuro ministro da Justiça, Flávio Dino (PSB-MA), em entrevista ao UOL.

Ele disse que grupo de trabalho de Segurança Pública do governo de transição entregará ao presidente eleito Lula uma proposta de nova regra sobre isso até o final do ano.

Hoje, os caçadores, atiradores esportivos e colecionadores: Podem andar com as armas carregadas até o clube de tiro. Não precisam estar exatamente no trajeto de casa até o estande. Podem fazer isso em qualquer horário do dia.

Esse transporte de trânsito de arma municiada se presta à fraude, porque aí a pessoa diz que estava indo ou vindo do clube de tiro. Por isso, inclusive, criaram clube de tiro 24 horas: para legitimar trânsito às 2h, 3h, 4h da manhã" Flávio Dino, futuro ministro da Justiça.

O transporte carregado é permitido desde 2017. O advogado Fabrício Rebelo, coordenador do Cepedes (Centro de Pesquisa em Direito e Segurança Pública), destaca que era o governo de Michel Temer (MDB), que alterou uma portaria do Exército feita originalmente na gestão de Dilma Rousseff (PT).

´´É absurdamente estarrecedor se perseguir o porte de trânsito como se fosse uma algo trazido por Bolsonaro e que, por puro revanchismo, precisa ser desconstituído", disse Fabrício Rebelo, do Cepedes.

Ele disse que, em 2004, o presidente Lula baixou um decreto que permitia o uso de uma arma municiada apenas pelos atiradores esportivos. Segundo Rebelo, isso é necessário para evitar que haja um assalto na chegada do clube e os criminosos roubem todas as outras armas transportadas no porta-malas.

Rebelo disse ao UOL que não é contra mudar as regras dos clubes 24 horas, mas afirma que os trajetos diferenciados trazem segurança para o atirador quando ele mudar a rota até o estande de tiro para evitar ser seguido ou acompanhado por assaltantes, por exemplo.

Dino afirmou que todas as ponderações dos atiradores serão consideradas. "Eu sou uma pessoa que aprendeu, profissionalmente, a ser a favor de modulações e mediações", afirmou Dino. "Se estes adeptos de armas quiserem nos ajudar a separar o joio do trigo, são bem-vindos. Separar quem eventualmente gosta de dar tiro no estande." Há pessoas que efetivamente gostam disso e não são criminosos, não querem vender arma, não têm nada a ver com narcotráfico, com PCC e por aí vai.".

Fabrício Rebelo disse que, na semana passada, uma comissão de CACs tentou se reunir com Dino, sem sucesso. O grupo deixou um documento com a equipe do futuro ministro. Não houve sucesso no diálogo, segundo o advogado. "Há uma tentativa de associar CACs ao atual governo [de Jair Bolsonaro]", afirmou à reportagem. COMUNICAR ERRO.

Uol

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