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VEREDA

Professores de Vereda cobram reajuste do Piso Nacional do Magistério e relatam que município já recebeu quase 5 milhões


Professores da Rede de Educação do município de Vereda procuraram a redação do ImpactodaNoticia, para cobrar que a prefeitura cumpra o pagamento do piso salarial nacional, estabelecido em lei. O coordenador da APLB, núcleo Vereda, representando a categoria, detalhou os principais pontos de discussão.

Em entrevista, constatamos a vontade de dialogar com o prefeito, porém, sem sucesso até o momento.

Impacto: – Vocês já procuraram o prefeito ou representantes da gestão para negociar?

APLB – Sim, já tentamos algumas vezes reunir com a administração, chegamos a enviar ofícios, porém, se quer nos atenderam ou nos deram alguma resposta por escrito.

Impacto: – Recentemente os municípios baianos fizeram manifestações cobrando do Governo Federal repasses para seus municípios. Há alguma informação sobre recursos em conta para que a categoria cobre da gestão esse reajuste?

APLB – O município já recebeu quase 5.000.000,00 milhões de reais até o mês de agosto e, mesmo assim, a atual gestão não se abre para negociar o repasse. O Sindicato sempre esteve e estará aberto ao diálogo de negociação, mas, até o momento, a atual gestão não se manifestou.

Impacto: – Essa é a primeira vez que isso acontece no município? Qual a preocupação de vocês em relação à negativa do prefeito Manrick?

APLB – Sim, este é um momento negativo na história e na carreira dos profissionais do magistério de Vereda, porque jamais haviam deixado de receber o reajuste anual, previsto para pagamento no mês de janeiro. Nossa preocupação maior é que no próximo ano terá outro reajuste, pois a lei do piso obriga reajustar todo ano, o que dificultará, ainda mais, para a administração, honrar este compromisso, pois serão acumulados dois reajustes. A categoria não abrirá mão do retroativo aos meses já passados, sem o recebimento, pois está previsto na Lei Federal Nº11.738/2008, que garante o piso, e temos ainda a Lei Municipal 264/2019, que sacramenta esse direito aos profissionais do magistério.

Impacto: – Em relação a uma solução para este problema, o que a categoria pensa?

APLB – É preciso que haja planejamento e gestão responsável dos recursos destinados à Educação, não apenas pela valorização do professor, mas para que tanto os alunos quanto os profissionais trabalhadores sejam valorizados e tenham os direitos garantidos integralmente.

Impacto: – No início do mandato, a gestão de Manrick já foi elogiada pelo diálogo e parceria com os profissionais da Educação. Isso procede mesmo, ou era apenas propaganda?

APLB – Manrick foi um amigo da Educação. No início do governo, ele sustentou e garantiu todos os direitos da Educação. Ele chegou a ratear os precatórios entre os professores, colocou o Programa Gestão Participativa – PGP de Vereda como um dos melhores do extremo Sul, mas, neste ano de 2023, não sabemos o que está acontecendo com a gestão, nem os motivos pelos quais o governo Manrick não responde mais aos professores (APLB).

Ainda na entrevista, o Coordenador da APLB se solidarizou com os servidores de regime temporário, e denunciou que o município impõe uma jornada de 20 horas, mas que os trabalhadores recebem apenas por 13 horas.

"Nós queremos aqui também expressar nossa indignação em saber que os servidores de regime temporário vêm trabalhando uma jornada de 20 horas, mais atividade complementar, e recebem apenas por 13 horas, ou seja, realizam mais de sete horas de atividade sem remuneração", disse.

Desde o início do ano 2023, a APLB tem procurado conversar com as autoridades do município, solicitando reuniões, através de diversos ofícios que foram enviados ao prefeito Manrick, ao secretário de Educação, ao presidente da Câmara de Vereadores, Isnael Souza, e à presidente do Conselho Municipal de Educação, Nilma Souza – nas datas de 03 de fevereiro, 19 de maio e 01 de setembro – mas, segundo o coordenador da instituição, nenhum dos ofícios foram respondidos.

001-Lei-Federal-No11.738-2008



01-09-23-001







De acordo com documentos enviados pela APLB, de janeiro até agosto, Vereda já recebeu R$ 4.803,953,15 (quatro milhões, oitocentos e três mil, novecentos e cinquenta e três reais e quinze centavos), mas a gestão não mostra como esses recursos foram gastos.


Caso não haja diálogo com o poder Executivo, a classe está se organizando para uma possível paralisação e, posteriormente, greve. Impacto reserva o espaço para a defesa da administração.

Por: Jan Santos/Impactodanotícia

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