Carlos Magno Santos Santana, acusado pela morte do médico Aloísio Vieira Silva, natural de Lajedão, de 29 anos, ocorrida em março de 2023, em Montanha, no Norte do Espírito Santo, foi condenado a 23 anos e 9 meses de prisão em regime fechado pelo crime de latrocínio – que é roubo seguido de morte. A decisão da Justiça foi assinada no último dia 18 de outubro e divulgada apenas nesta quarta-feira (30).
O caso não foi a júri popular por se tratar de um latrocínio. A sentença considerou ainda como agravante para a pena o uso de arma branca (objeto perfurocortante) e a dissimulação cometida pelo réu após o crime.
Segundo as investigações da Polícia Civil, Carlos Magno marcou um encontro com a vítima por um aplicativo de relacionamentos e foi até o apartamento do médico. No local, ele teria esganado e proferido golpes de faca contra Aloísio, que não resistiu e veio a óbito. Horas depois, o réu fugiu do local com o carro da vítima e diversos pertences, como o celular e o notebook.
No dia seguinte, amigos do trabalho deram falta de Aloísio no plantão de domingo do Hospital Municipal de Montanha, já que ele era sempre pontual. Como não atendia às ligações, os colegas decidiram ir até o apartamento dele, onde visualizaram a vítima já sem vida caída ao chão, com muito sangue e golpes de faca.
Carlos Magno foi localizado no mesmo dia, no domingo, em um bar no distrito de Cobraice, em Conceição da Barra, com os pertences da vítima. Ele exibiu nas redes sociais algumas imagens ostentando o carro do médico. O criminoso não resistiu à prisão e confessou o crime. Após o trabalho investigativo policial, o Ministério Público do Espírito Santo (MPES) ajuizou uma denúncia pela condenação do réu.
"Diante dos fatos, a partir da investigação policial, o Ministério Público do Espírito Santo ajuizou denúncia requerendo a condenação do réu. O caso não foi a júri popular por se tratar de latrocínio. Com a decisão, Carlos Magno Santos Santana deverá cumprir a pena de quase 24 anos de prisão em regime fechado. A sentença considerou como agravantes para a pena o uso de arma branca e a dissimulação cometida pelo réu após o crime", informou.
A defesa de Carlos Magno Santos Santana, realizada pela advogada Rayula Simonassi Bellinazzi, informou que deve recorrer assim que ocorrer a comunicação. "Ainda não fui intimada da sentença, mas certamente irei recorrer. O Carlos Magno não é esse monstro que as pessoas estão pensando. Ele era ativo na comunidade, inclusive dava aulas de capoeira para crianças e adolescentes carentes", disse.
Com informações: A Gazeta