Secretária de imprensa da Casa Branca afirmou que o gigante asiático também precisa estar aberto a negociações para que haja um acordo entre os dois países. A secretária de imprensa da Casa Branca, Katherine Leavitt, afirmou nesta terça-feira (15) que a possibilidade de um acordo comercial entre a China e os Estados Unidos está nas mãos do país asiático.
"O presidente deixou bem claro que está disposto a fazer um acordo com a China, mas a China também precisa querer fazer um acordo com os Estados Unidos da América", afirmou Leavitt, em entrevista a jornalistas nesta terça-feira.
Segundo a porta-voz, Trump teria afirmado que a única diferença entre a China e os demais países do mundo é o seu tamanho e que todos os países do mundo querem alcançar o consumidor norte-americano. "Eles querem o nosso dinheiro", disse.
Leavitt também afirmou que o governo norte-americano já recebeu mais de 15 propostas de acordos comerciais de diferentes países e que deve apresentar alguns deles "em breve", mas não deu mais detalhes.
A afirmação vem em meio à crescente tensão entre os dois países, após o anúncio de diversas tarifas de importação dos EUA sobre o país asiático.
Nesta terça-feira, a China ordenou que suas companhias aéreas não recebam mais entregas de jatos da empresa norte-americana Boeing, e pediu que transportadoras chinesas suspendam as compras de equipamentos de aeronaves de empresas dos EUA.
A decisão vem como retaliação à imposição, por parte de Trump, de tarifas de 145% sobre produtos chineses importados pelos EUA.
Na semana passada, Trump havia anunciado uma alta de 125% das taxas de importação contra a China, resultando em uma alíquota de 145%. O anúncio do republicano, por sua vez, também foi uma resposta à retaliação do gigante asiático, que havia aumentado para 84% as taxas sobre os EUA.
Em meio à escalada das tensões, a porta-voz da Casa Branca também afirmou, nesta terça-feira, que o governo considera conceder um alívio para os agricultores norte-americanos, que enfrentam preços mais baixos e altos estoques em meio à guerra comercial.
"O auxílio está sendo considerado. O Secretário de Agricultura conversou com o presidente sobre isso e, novamente, está sendo considerado", disse.
Guerra tarifária
A disputa comercial entre os EUA e a China se intensificou na última semana, após novos anúncios de tarifas de importação.
Entenda a evolução da guerra tarifária entre os dois países:
No início de fevereiro, os EUA aplicaram uma taxa extra de 10% sobre as importações vindas da China, que se somou à tarifa de 10% que já era cobrada do país, chegando a 20%;
Na quarta-feira da semana passada, dia 2 de abril, Trump anunciou seu plano de "tarifas recíprocas" que incluía uma taxa extra de 34% à China, elevando a alíquota sobre os produtos do país asiático a 54%;
Após a retaliação chinesa que também impôs tarifas de 34% sobre os EUA, a Casa Branca confirmou mais 50% em taxas sobre as importações chinesas, deixando a tarifa sobre o país no patamar de 104%.
Com o anúncio de que a China irá elevar a 84% as taxas sobre os produtos norte-americanos, Trump decidiu subir para 125% a tarifa contra os asiáticos, na mais nova ofensiva.
*Esta matéria está em atualização
Fonte: g1