Dólar abre em alta nesta segunda-feira, de olho em tarifaço e à espera de novos dados econômicos

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Foto de Medeirosneto.com Por Medeirosneto.com
28/04/2025 às 09:45:18

Na sexta-feira (25), a moeda norte-americana recuou 0,13%, cotada a R$ 5,6841. Já o principal índice acionário da bolsa de valores brasileira encerrou com um avanço de 0,12%, aos 134.739 pontos. Dólar

Karolina Grabowska/Pexels

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O dólar abriu a sessão desta segunda-feira (28) em alta. Investidores aguardam novos progressos em acordos tarifários por parte dos Estados Unidos e seus principais parceiros comerciais pelo mundo e ficam à espera da divulgação de novos dados econômicos no Brasil e nos EUA.

O cenário internacional continua no centro das atenções. O destaque segue com os desdobramentos da guerra comercial imposta pelo tarifaço do presidente norte-americano, Donald Trump, principalmente após as sinalizações da última semana, de que pode haver um alívio das tensões entre EUA e China.

Na última sexta-feira, em entrevista à Time Magazine, Trump afirmou que recebeu uma ligação do presidente da China, Xi Jinping, para falar sobre a guerra tarifária entre os países.

A China, porém, negou que esteja conversando com o republicano e afirmou que os EUA deveriam "parar de criar confusão". Ainda assim, grupos empresariais teriam informado à Reuters que o país asiático chegou a suspender as tarifas em alguns produtos norte-americanos importados, o que reacendeu esperanças de um alívio das tensões entre as duas potências mundiais.

Além disso, os mercados também monitoram a temporada de balanços corporativos e aguardam a divulgação de novos indicadores econômicos norte-americanos. Os dados de atividade e emprego, previstos para esta semana, são referentes ao primeiro trimestre e devem trazer novas sinalizações sobre a economia dos EUA sob a liderança de Trump.

No Brasil, falas do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e do presidente do Banco Central (BC), Gabriel Galípolo, ficam no radar. Dados fiscais e de emprego também são esperados para a semana.

Veja abaixo o resumo dos mercados.

Entenda o que faz o preço do dólar subir ou cair

????Dólar

Às 09h01, o dólar operava em alta de 0,08%, cotado a R$ 5,6912. Veja mais cotações.

Na última sexta-feira (25), a moeda norte-americana caiu 0,08%, cotado a R$ 5,6868.

Com o resultado, acumulou:

recuo de 2,02% na semana;

queda de 0,33% no mês; e

perda de 7,98% no ano.

a

????Ibovespa

As negociações do Ibovespa, por sua vez, só começam às 10h.

Na sexta-feira (25), o índice encerrou com um avanço de 0,12%, aos 134.739 pontos, renovando o maior patamar desde setembro de 2024.

Com o resultado, o índice acumulou:

alta de 3,93% na semana;

avanço de 3,44% no mês; e

ganho de 12,02% no ano.

O que está mexendo com os mercados?

Os desdobramentos da guerra tarifária imposta pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, continua no foco dos investidores nesta segunda-feira (28).

Investidores aguardam novas sinalizações sobre a relação entre EUA e China, após representantes dos dois países sinalizarem, na última semana, de que pode haver um alívio nas tensões causadas pela guerra tarifária de Trump.

Ainda assim, um eventual acordo segue incerto — principalmente diante das falas contraditórias dos dois países sobre a possibilidade de uma negociação comercial.

Na sexta-feira, em entrevista à Time Magazine, Trump voltou a afirmar que a China entrou em contato para falar sobre as tarifas. O republicano não respondeu ao questionamento sobre quando recebeu a ligação do presidente chinês, Xi Jinping, mas afirmou que "ele ligou" e que não pensa que isso "é um sinal de fraqueza da parte dele".

O presidente também não respondeu o que Xi falou nesta ligação, mas disse que "todos querem fazer acordos" e que ele é o dono, representando os americanos, da "loja dos EUA" e, portanto, decide quanto cada um terá que pagar para fazer negócios ali.

A afirmação, no entanto, foi rapidamente refutada pelo governo chinês, que mais uma vez negou que haja conversas nesse sentido e reiterando que os EUA deveriam "parar de criar confusão".

O posicionamento do gigante asiático foi reforçado nesta segunda-feira (28), após o ministério das relações exteriores da China ter reafirmado que o presidente chinês, Xi Jinping, não falou recentemente com Trump e reiterado que seus respectivos governos não estão tentando fechar um acordo tarifário.

Gostaria de reiterar que a China e os EUA não realizaram consultas ou negociações sobre a questão das tarifas", disse Guo Jiakun, porta-voz do ministério. "Se os EUA realmente quiserem resolver o problema por meio de diálogo e negociação, devem parar de ameaçar e chantagear [a China]", completou.

Além disso, o país asiático também adotou, nesta segunda-feira, uma postura mais cautelosa para falar sobre as tarifas de Trump, tentando amenizar as preocupações de que as taxas possam inviabilizar os esforços para sustentar a recuperação econômica chinesa.

O vice-diretor da Comissão Nacional de Desenvolvimento e Reforma, órgão de planejamento estatal da China, Zhao Chenxin, disse estar "totalmente confiante" de que o país atingirá sua meta de crescimento econômico, destacando que o país deve implementar novas políticas no segundo trimestre.

"As conquistas do primeiro trimestre estabeleceram uma base sólida para o desenvolvimento econômico de tdo o ano", afirmou. "Não importa como a situação internacional mude, nós ancoraremos nossas metas de desenvolvimento, manteremos o foco estratégico e nos concentraremos em fazer nossas próprias coisas", acrescentou.

Agenda econômica

Os mercados também devem ficar atentos à agenda econômica da semana, que promete a divulgação de novos dados no Brasil e nos Estados Unidos.

Por aqui, o Boletim Focus, relatório que reúne as projeções de diversos indicadores econômicos, apontou que os economistas do mercado financeiro reduziram a expectativa de inflação de 2025 pela segunda semana consecutiva. A previsão passou de 5,57% para 5,55%. Dados de emprego e atividade também ficam no radar.

No exterior, as atenções ficam voltadas para o relatório mensal de emprego, que devem compilar os dados do primeiro trimestre deste ano e trazer novos sinais sobre o crescimento da economia norte-americana sob a liderança de Trump.

*Com informações das agências de notícias Reuters. Fonte: g1
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