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ECONOMIA

Pesquisa Quaest revela o que pensa a classe média sobre dinheiro, diploma e impostos

Levantamento foi feito pela Quaest a pedido do jornal O Globo.


Foto: G1 - Globo
Levantamento foi feito pela Quaest a pedido do jornal O Globo. Diploma universitário é importante para 52% dos entrevistados de classe média e de classe alta. Um levantamento da Quaest, realizado com exclusividade para o jornal O GLOBO, mostra que a classe média brasileira tem novas aspirações. Atualmente, metade dos brasileiros (50,1%) estão nas classes C, B e A, o que é considerado um patamar médio de padrão de vida.

O diploma, por exemplo, é apontado como importante para pouco mais da metade dos entrevistados de classe média e de classe alta - essa foi a resposta de 52% das pessoas desses estratos sociais que responderam a pesquisa. Já entre os entrevistados de classe baixa, o diploma é importante para 58% dos entrevistados.

A margem de erro da pesquisa é de 3 pontos percentuais para mais ou para menos. Foram entrevistadas 2 mil pessoas ao longo de 2024.

O cientista político Felipe Nunes, CEO da Quaest, disse ao GLOBO que a desvalorização da faculdade é reflexo de uma perspectiva mais imediatista das pessoas nos estratos médios. "Há uma tentativa de se ganhar dinheiro com menos esforço. É uma visão nova de empreendedorismo e imediatismo, muito explicada pelo comportamento digital, do prazer do consumo rápido. O esforço para se chegar ao ensino superior não está tão valorizado, e seu retorno já não é tão direto e objetivo quanto antes".

Economia e endividamento

A pesquisa Quaest também perguntou como as pessoas usavam o dinheiro quando sobrava. Economizar e guardar para o futuro foi a principal resposta dos entrevistados de todas as classes sociais, mas o percentual vai aumentando a cada estrato. Na classe baixa, é de 19%. Já nas classes média e alta, o percentual de quem prefere guardar sobe para 23% e 24%, respectivamente.

Usar o que sobra em viagens é a preferência de 16% entre as pessoas de classe alta e de 11% para quem é da classe média. Esse percentual cai para 7% entre os entrevistados da classe baixa.

Segundo a pesquisa, a classe baixa é quem está mais endividada: 25% têm muitas dívidas. Esse índice é de 22% na classe média e de 20% na classe alta. Apenas 23% dos entrevistados de classe baixa e de classe média não possui dívida alguma. Na classe alta, o percentual sobe para 27%.

Questionados sobre o que pensam a respeito do dinheiro, 85% das pessoas de classe baixa concordam que ele é feito para gastar e 73% concordam que é preciso guardar para não passar aperto. Entre a classe média, 80% concordam que é para gastar e 75% para guardar.

Já os entrevistados de classe alta concordam na mesma medida (78%) que o dinheiro deve ser gasto e que é preciso guardar.

A pesquisa mostra ainda que a classe média está pessimista com a situação econômica: 41% dizem que a economia piorou nos 12 meses anteriores. Entre os mais pobres, nas classes D/E, o percentual é menos: 37%.

Família menor e nostalgia

Os dados da Quaest comprovam o que todos já percebemos no dia-a-dia: as famílias estão menores. 23% dos brasileiros da classe média vivem só com uma pessoa, e 10% moram sozinhos.

Há um sentimento de nostalgia na classe média também: mais da metade (55%) acredita que o Brasil era melhor "no tempo dos nossos avós". A parcela cai para 50% na classe alta, e sobe para 64% na baixa.

A casa própria ainda é uma das principais aspirações, segundo o levantamento.

Privatizações

É quase unanimidade entre as pessoas da classe baixa que é dever do estado oferecer educação e saúde gratuitas para todos - 98% concordam com essa afirmação, enquanto 44% concordam que empresas e negócios do governo devem ser privatizadas. Esse percentual sobe para 48% entre as pessoas de classe alta.

Quando a pergunta é sobre privatização de empresas públicas como a Petrobras, os Correios e Caixa, 31% das pessoas de classe baixa concordam e 58% discordam. Na classe média, 37% concordam com as privatizações e 54% são contra. Na classe alta, os percentuais são de 41% e 53%, respectivamente.

Impostos para os mais ricos para ajudar os pobres, segundo o levantamento da Quaest, são defendidos por 80% dos entrevistados da classe baixa, por 71% entre pessoas de classe média e cai para 64% entre a classe alta.

g1

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