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ECONOMIA

WeWork rompe sociedade com Softbank no Brasil e matriz assume a operação

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A venda da participação do SoftBank no negócio foi anunciada no final de janeiro. Pessoas deixam local de escritórios compartilhados da WeWork em Nova York, em imagem de arquivo

Brendan McDermid/Reuters

A compra de 49,9% da WeWork Brasil pela WeWork Companies, unidade global do negócio de escritórios compartilhados, foi concluída, segundo comunicado divulgado pela empresa nesta segunda-feira (24). O Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) aprovou a operação.

A WeWork no Brasil era uma joint venture da matriz com o fundo SoftBank. A venda da participação do SoftBank no negócio foi anunciada no final de janeiro.

A empresa, que popularizou o conceito de coworkings no mundo, passou a ter problemas financeiros desde a pandemia e chegou a pedir recuperação judicial nos Estados Unidos em 2023, tendo encerrado o processo no ano seguinte.

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Em 2024, a WeWork Brasil recebeu notificações de despejo de fundos de investimento imobiliário (FIIs) que detinham prédios que ela locava, ao atrasar o aluguel em três meses — seu modelo consiste em alugar andares ou prédios corporativos inteiros e sublocá-los a outras empresas, em espaços mais compartimentados, já decorados e com oferta de serviços.

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Em entrevista ao jornal "Valor Econômico" no início de 2024, antes dos atrasos começarem, a executiva da empresa no Brasil, Bruna Neves, afirmou que a WeWork foi prejudicada pelo reajuste dos contratos de aluguel durante a pandemia, quando o IGP-M, índice usado para as correções, ultrapassou 30% ao ano. "Nosso custo muitas vezes cresceu mais do que consegui recuperar", disse.

A empresa conseguiu renegociar parte dos contratos, quitou os aluguéis atrasados ou deixou parte das áreas que ocupava. De 32 espaços no país, em março de 2024, a companhia segue com 28 escritórios, a maior parte deles em São Paulo, mas também no Rio de Janeiro, em Minas Gerais e no Rio Grande do Sul.

Em nota, a WeWork afirma que "continua focada em manter operações financeiramente sustentáveis".

"A reintegração da WeWork Brasil em nossa estrutura global é um passo importante para consolidar nossa posição no país e reflete nosso compromisso em firmar a bandeira da marca nesta importante região do mercado latino-americano", afirmou o executivo global do negócio, John Satora, no comunicado da companhia divulgado nesta segunda-feira.

Claudio Hidalgo, presidente regional da WeWork Latam, afirmou que a integração, como a empresa chama a compra da participação do SoftBank, é "essencial para otimizar nossos processos e melhorar a eficiência operacional". Ele disse, ainda, que espera "unificar" as equipes da WeWork, para manter a posição da companhia como "plataforma imobiliária global líder para empresas de todos os tamanhos".

Procurada pelo Valor, a WeWork afirmou que não daria entrevistas no momento.

g1

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