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ECONOMIA

Tarifas sobre aço e alumínio serão modificadas, diz Trump

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Medidas foram anunciadas pelo presidente norte-americano em fevereiro. Brasil é um dos maiores fornecedores. Trump no Salão Oval da Casa Branca em 11 de fevereiro de 2025

Reuters/Kevin Lamarque

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou nesta quinta-feira (6) que vai modificar as tarifas recentemente anunciadas por ele sobre aço e alumínio. O republicano não deu mais detalhes sobre quais seriam as alterações.

As medidas foram anunciadas no começo de fevereiro e impunham uma taxa de 25% sobre todas as importações de aço e alumínio feitas pelos EUA. Inicialmente, as tarifas entrariam em vigor já na próxima semana, em 12 de março.

Vai e vem do "tarifaço": o que está valendo no momento?

A medida pode atingir em cheio o setor de siderurgia de países como México, Canadá e Brasil, e faz parte de uma das principais promessas de campanha de Trump: a taxação de produtos estrangeiros para priorizar a indústria norte-americana.

À época, Trump afirmou que as empresas teriam a opção de estabelecer filiais e levar a produção para dentro dos EUA, o que lhes garantiria tarifa zero.

Atualmente, cerca de 25% do aço usado nos EUA é importado, segundo o Departamento do Comércio norte-americano, sendo a maior parte proveniente de países vizinhos, como México e Canadá, ou de aliados na Ásia. Além disso, metade do alumínio utilizado no país também é importado, principalmente do Canadá.

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Como isso pode afetar o Brasil?

Apesar de o Brasil ter ficado fora do "tarifaço" até o momento, o país é um dos principais fornecedores de aço dos Estados Unidos e pode sentir os impactos de uma nova tarifa de importação sobre esses produtos.

???? Em 2024, o Brasil foi o segundo maior fornecedor de aço para os EUA, em volume, segundo dados do Departamento de Comércio americano, atrás apenas do Canadá.

???? Em 2023, os EUA compraram 18% de todas as exportações brasileiras de ferro fundido, ferro ou aço, segundo o governo brasileiro.

Além disso, Trump tem frequentemente citado o Brasil como um exemplo de país a ser taxado. Segundo ele, o país "rouba" os EUA com tarifas sobre produtos norte-americanos.

Em fevereiro, o presidente dos EUA também já havia assinado um memorando que determinava a cobrança de tarifas recíprocas a países que cobram taxas de importação do país norte-americano.

O documento não determinou uma tarifa específica, mas trouxe uma orientação geral de reciprocidade aos países que impõem dificuldades ao comércio com os EUA. As taxas, nesse caso, passariam a valer em abril.

g1

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