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Minas Gerais

IML aponta indícios que enfermeira foi espancada antes de ser morta por Reginaldo Pau Veio


Em coletiva virtual à imprensa realizada na tarde desta segunda-feira (22), o delegado Alexandro Silveira Caetano revelou que a enfermeira Priscila Cardoso da Silva, de 35 anos, foi agredida violentamente antes de ser morta. A constatação saiu no exame de necropsia realizado no corpo da vítima no Instituto Médico-Legal (IML) em Ipatinga. O autor confesso do crime, Reginaldo Ferreira de Souza, o Pau Veio, de 49 anos, está recolhido ao Sistema Prisional do Vale do Aço.

As investigações para a prisão de Reginaldo envolveram a equipes da 1ª Delegacia Regional de Ipatinga e da Delegacia de Polícia Civil em Santana do Paraíso, com apoio das polícias, Militar de Minas Gerais, Militar do Espírito Santo, Militar e Civil da Bahia, além da Polícia Rodoviária Federal (PRF).

Participaram da coletiva à imprensa o delegado regional, Thiago Alves Henriques, o delegado Alexandro Silveira, o comandante do 14º Batalhão de Polícia Militar de Ipatinga, tenente-coronel Warley Geraldo Silva, o tenente do Pelotão da Policia Militar, em Santana do Paraiso, Leandro Custódio da Silva, o chefe do 3ª Delegacia PRF, inspetor Igor Cabral, e o assessor da Comunicação Social da 3ª Delegacia da PRF, Francisco Soares da Silva, além do tenente-coronel Emerson Caus, comandando do 10º Batalhão da Polícia Militar do Espírito Santo, em Guarapari.

 

Eles destacaram a troca de informações entre as instituições que possibilitaram o cruzamento de dados para se elucidar o crime, inclusive. “A pretensão nossa era encontrá-la e trazer esta moça viva para a casa, sã e salva, mas não foi possível. Conseguimos prender este indivíduo, em razão de uma prisão preventiva decretada pela Justiça e encontramos o corpo desta moça para ser sepultado”, comentou o delegado regional Thiago Alves Henrique.

 

Francisco Soares, da PRF, ressaltou o trabalho do setor de Inteligência entre as unidades da corporação em três estados (Minas, Bahia e Espírito Santo) e que possibilitou a localização do carro roubado da enfermeira, um Chevrolet Onix. O veículo estava com um homem em Teixeira de Freitas, no Sul da Bahia, e possivelmente poderia ser clonado com as placas de um carro idêntico de Orizânia, cujas placas foram encontradas no local.

Quando o cerco se fechou em Teixeira de Freitas, o delegado buscou informações junto a uma empresa de ônibus das pessoas que poderiam estar voltando para o Ipatinga. Descobriu-se que, em Teixeira de Freitas, dois passageiros iriam embarcar para o Vale do Aço, entre eles, o suspeito do crime.

 

Porém, ele não viajou no ônibus, pois desconfiou da ação policial, pegou um táxi e foi para o Espírito Santo. “Nós trabalhamos em duas frentes, uma para identificar o autor e a outra para localizar o paradeiro dele”, esclareceu.

Preventiva

O delegado Alexandro Silveira solicitou junto à Justiça de Ipatinga a prisão preventiva e com a ordem judicial. Houve troca de informações entre a Polícia Civil de Minas com as Polícia Civil da Bahia e Espírito Santo e chegou-se à informação que o suspeito estava em Guarapari. “A gente tinha esperança de resgatá-la com vida e fomos recambiá-lo. Já na primeira pergunta, se ela estava viva ou morta, ele espontaneamente indicou o local onde estava o corpo”, enfatizou.

A equipe do tenente PM Leandro e uma equipe da PRF já aguardavam para realizar as buscas no local indicado pelo autor confesso da morte de Priscila. O corpo foi localizado em uma mata de eucaliptos, nas proximidades da entrada “nova” para a cidade de Ipaba, a cerca de um quilômetro da BR-458, em uma estrada de acesso ao distrito de Cordeiro de Minas, em Caratinga.

Versão

A versão de Reginaldo é que ele teve um caso com a vítima por três meses e que a levou para “conversar com ela”, numa suposta tentativa de voltar a relação. Esta história foi contada ainda em Guarapari, ressaltou o delegado, antes mesmo do autor confesso ter contato com o advogado ipatinguense que o defende agora, Rodrigo Márcio do Carmo Silva. Entretanto, o policial não acredita nessa história, classificada por ele como estapafúrdia. “Parece ser sem nexo. Ele sequer soube informar o nome da vítima [ao preso disse que a vítima se chamada Patrícia, em vez de Priscila], a idade, sinais particulares da vítima, como uma tatuagem que ela tinha e que, inclusive era visível. Nem amigos comuns que saberiam desta relação e nem soube informar o telefone da vítima ou sequer a operadora”, detalhou.

Sobre a dúvida se houve violência sexual, já que ela se encontrava sem a blusa e com o zíper da calça aberto, o delegado explicou que ficará difícil comprovar esta situação, devido avançado estado de decomposição do corpo. Porém Alexandro revelou que ela tinha sinais de ter sofrido violência física. “Estava com o fêmur direto quebrado, um dente quebrado, os dedos das duas mãos quebrados, uma fratura do crânio, não se sabe se foi do disparo ou de uma coronhada na parte superior da cabeça”.

Estratégia

O delegado acredita que a versão contada por Reginaldo seja uma estratégia para tentar evitar ser enquadrado em um crime mais grave, como por exemplo o latrocínio (roubo seguido de morte), cuja pena mínima é 20 anos de prisão, na tentativa de responder por um feminicídio ou até mesmo homicídio culposo, já que alega que o disparo que acertou a cabeça de Priscila teria sido acidental, pois alegou que apontou a arma para a enfermeira e ela teria segurando o revólver, quando houve o disparo.

Enquanto as investigações acerca dos detalhes do crime avançam Reginaldo aguarda recolhido ao Ceresp de Ipatinga, à disposição da Justiça.

Com Incormações Diário do Aço

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