Prefeitos na Bahia, pilotados por Zé Cocá (PP), presidente da UPB, tomaram uma decisão: vão conclamar deputados e senadores dos seus estados para evitar que o Banco do Brasil execute o seu projeto de fechar 361 agências no país, 26 delas em território baiano.
O consenso: é um retrocesso, em alguns casos, letal para a economia dos municípios e para a segurança dos usuários. Ontem, representantes da Confederação Nacional dos Municípios se reuniram com João Rabelo, vice-presidente de agronegócio do BB, para discutir o assunto.
O BB alega que o volume de negócios é cada vez mais on line. O advogado Isaac Newton, consultor jurídico da UPB, que representou Zé Cocá no encontro, afirma que o leque de desserviço inclui pagamento de aposentados, servidores municipais e benefícios sociais, além de acesso a crédito agrícola, todos obrigados a se deslocar.
Reversão — A promessa do BB é colocar um posto de serviço a pelo menos três quilômetros da cidade onde havia agência, segundo Isaac, uma falácia:
– No mix de municípios que perderão agências, o que fica mais próximo de outro com agência é no mínimo 20 km. Sem falar que, quando você se desloca, a tendência é fazer compras na cidade do banco, esvaziando a de origem, já que ninguém vai ficar carregando dinheiro por aí.