O Laboratório Central de Saúde Pública Professor Gonçalo Muniz (Lacen-BA), sequenciou 225 genomas completos do Sars-CoV-2 em pacientes residentes de 88 municípios baianos confirmando a predominância das variantes mais agressivas em toda a Bahia, sobretudo, a P.1.
Foram analisadas amostras de pacientes provenientes dos nove Núcleos Regionais de Saúde da Bahia incluindo o Extremo Sul, cujo diagnóstico resultou positivo para o SARS-CoB-2 nos municípios de Alcobaça, Eunápolis, Guaratinga, Mucuri, Porto Seguro, Prado, Santa Cruz Cabrália e Teixeira de Freitas.
Boletim divulgado nesta sexta-feira, 14, detectou 21 linhagens em circulação na Bahia, entre elas oito cepas e três variantes de atenção apontadas pelo Ministério da Saúde: a P.1 (Manaus), P.2 (Rio de Janeiro) e B.1.1.7 (Reino Unido).
Todas as amostras avaliadas eram de pacientes com sintomas clínicos característicos, como dificuldade de respirar, cansaço, Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) ou pneumonia, bem como eram casos suspeitos de reinfecção e óbitos. Com investimento superior a R$ 20 milhões nos últimos anos pelo Governo do Estado, o Lacen-BA tornou-se referência nacional para fazer o sequenciamento genético de amostras da Bahia e de outros cinco estados (Sergipe, Alagoas, Piauí, Pernambuco e Rio Grande do Norte).
Na avaliação do secretário da Saúde do Estado, Fábio Vilas-Boas, isso é um alerta para a população. “As amostras foram baseadas na representatividade de todas as regiões geográficas do estado e identificar a dispersão de variantes mais contagiosas mostra que existe um risco aumentado para a internação e rápido agravamento do quadro clínico”, ressalta Vilas-Boas.
Os dados sugerem que a mobilidade humana representa um fator crucial para a dispersão do SARS-CoV-2 e das novas variantes, que é o resultado de suas múltiplas mutações. Portanto, o uso de máscara, distanciamento social e higiene frequente das mãos continuam sendo as medidas mais eficazes no combate ao Coronavírus.
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