Segundo o estudo publicado pela Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI), autarquia da Secretaria do Planejamento, realizar grandes festas como o Carnaval, pode provocar uma nova onda de Covid-19 na Bahia.
Segundo as informações levantadas pelo SEI, a Alemanha, que tem uma taxa de vacinação levemente superior à Bahia, tem tido os indicadores do maior pico da doença, com a chegada da nova onda.
O país germânico tem tido uma média de de 53 mil casos e taxas de contaminação elevadas, chegando a 400 novos casos por 100 mil habitantes. “Não parece razoável submeter a população a festejos com adesão do grande público, como são o Carnaval e Réveillon na Bahia, pois pode ameaçar todo esforço feito até aqui”, afirma Armando Castro, diretor de indicadores e estatística da SEI.
A chegada do verão amplia o risco na Bahia, além da atração de turistas, tanto brasileiros quanto vindos do exterior, para as festas de fim de ano. Conforme indica o estudo, essa nova onda pode ter um espaço temporal de três meses, como foi na Alemanha, além dos receios da chegada da nova variante ômicron, que causa incerteza quanto à sua transmissão e imunidade vacinal.
Atualmente, a Bahia representa 4,4% das mortes por covid no país e uma das menores taxas de letalidade da doença (2,16%). O estado tem ainda a segunda menor taxa de mortalidade por 100 mil habitantes (183), atrás somente do Maranhão, com 143 óbitos por 100 mil habitantes.