Morreu na madrugada deste sábado (1º), Karla dos Santos Ferreira, de 44 anos. Ela teve o corpo queimado pelo ex-companheiro em um hospital na cidade de Itabuna, no sul da Bahia, no dia 11 de março. Karla acompanhava o pai quando foi surpreendida pelo ataque. O homem de 44 anos foi autuado em flagrante por tentativa de feminicídio após ser apresentado na sede da 6ª Coorpin de Itabuna por uma guarnição da Polícia Militar.
De acordo com a Prefeitura de Itabuna, o pai da mulher estava internado no Hospital de Base Luís Eduardo Magalhães, local onde aconteceu o crime. No lugar, o companheiro a chamou para uma área externa nos fundos da unidade onde, depois de uma conversa, jogou álcool e ateou fogo em seu corpo. Com o corpo em chamas, a vítima correu para dentro do hospital pedindo ajuda. Ela foi logo atendida, mas seu estado de saúde era grave.
O fogo atingiu o rosto, a cabeça, abdômen, braços, e costas. Logo depois ela foi regulada para o centro especializado de tratamento para queimados do HGE. Enquanto esteve internada, Karla teve piora no estado de saúde e precisou passar por hemodiálise.
A família de Karla pediu à prefeitura de Itabuna apoio para fazer o transporte do corpo, para que ela seja enterrada pela família na cidade onde morava.
Não aceitava o fim
Lucinéia Ferreira, mãe de Karla, contou à TV Bahia que recebeu uma mensagem do suspeito nas redes sociais. Ele não aceitava o término da relação.
"Ele mandou mensagem para mim dizendo: "eu amo sua filha, quero ficar com ela e ninguém vai me impedir". Isso não é amor, é doença. Quem ama não mata, não bate, não espanca", disse Lucinéia Ferreira.
Essa não havia sido a primeira violência sofrida por Karla. Ainda de acordo com Lucinéia, a filha foi esfaqueada pelo companheiro em outra ocasião. Mas acabou retirando a queixa. Entre as idas e vindas, o casal ficou junto por cerca de 20 anos.