Um vídeo feito pela mãe de uma criança de apenas 02 anos dormindo sobre um cobertor no chão da Unidade Municipal Materno Infantil – UMMI, confirma a ineficiência da saúde pública de Teixeira de Freitas e a falta de respeito com o ser humano, especialmente com as crianças, violando os direitos das crianças e adolescentes garantidos pela legislação brasileira.
No vídeo, a senhora Raiana, mãe da criança, relata que chegou à unidade de saúde com a filha reclamando de dores nas pernas e no quadril, além de apresentar febre de quase 40 graus. Essa cena triste aconteceu na última segunda-feira (27).
Ainda segundo relatos da mãe da criança, a médica de plantão, que não teve o nome divulgado, disse que atenderia a criança assim que terminasse uma ligação. Como o telefonema demorou, a mãe optou por estender um cobertor no chão e colocar a filha, que estava dormindo, já que a UMMI não disponibilizou um local adequado para a criança enquanto esperava, alegando que não tinha lençol disponível.
Por volta das 23 horas, mais de 12 horas depois de ter entrado na unidade de saúde, a criança foi atendida, medicada contra virose e liberada. Ainda segundo a senhora Raiana, nenhum exame foi feito, já que a alegação era de que os equipamentos estariam quebrados.
Esta situação não só evidencia a negligência no atendimento à saúde pública, mas também representa uma grave violação dos direitos das crianças e adolescentes. De acordo com o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), todas as crianças têm direito a receber atendimento prioritário e adequado, especialmente em situações de emergência. Além disso, a Constituição Federal assegura a todos os cidadãos o direito à saúde, garantido por políticas sociais e econômicas que visem à redução do risco de doenças e ao acesso universal e igualitário às ações e serviços para sua promoção, proteção e recuperação.
É imperativo que as autoridades competentes tomem as medidas necessárias para corrigir essas falhas e garantir que episódios como este não se repitam, assegurando um atendimento digno e humanizado a todas as crianças e adolescentes.
Fonte: Por; Redação/Bahiaextremosul/Ascom