Pelo menos 100 cães morreram de cinomose, entre o mês de agosto e esta terça-feira (10), no município de Medeiros Neto, no sul da Bahia. A doença viral possui alto nível de contaminação que, geralmente, atinge filhotes e pode causar óbito dos animais em poucos dias.
De acordo com o secretário de Agropecuária da Prefeitura de Medeiros Neto, Armando Leal do Norte, o caso é grave e é considerado como surto. Segundo ele, os casos da doença são mais comuns no período do inverno.
"Tem agora também o período de aglomeração de cães que ficam nas ruas e cios das cadelas. Com isso, há mais chance de disseminação da doença", informou.
Armando Leal, que também é veterinário, fez uma alerta para os sintomas iniciais da doença. Entre eles, estão: apatia, perda de apetite, secreção ocular e nasal, respiração ofegante e diarreia.
Quando há a suspeita clínica, é realizado um teste rápido para confirmação ou não da doença. Segundo Armando, o tratamento é longo, caro e possui efetividade baixa, o que explica o alto número e doenças.
"A solução é vacinar. Confinar o cachorro em casa, não é solução. A vacina múltipla precisa ser aplicada anualmente em adultos, e nos filhotes, a partir de 45 dias".
Segundo o secretário, há também casos suspeitos da doença nas cidades de Lajedão, Ibirapuã e Vitória da Conquista.
Doença atinge sistema nervoso do animal
A cinomose é uma doença infectocontagiosa, que ataca o sistema nervoso do animal e, após o contágio, há poucas chances de cura. Na fase inicial, os sintomas mais comuns são vômito, diarreia com sangue, desânimo, falta de apetite e emagrecimento. Em estágio avançado, atinge o sistema nervoso central e causa desorientação e crises convulsivas.
A cinomose é causada pelo vírus da família Paramyxovirus, que atinge somente cães. A falta de vacinação dos filhotes e a desatualização de vacinas dos cães adultos são os principais fatores de contaminação. O vírus não é transmissível a seres humanos.
A transmissão pode ocorrer através da secreção dos olhos, nariz ou pela urina.
g1