No penúltimo levantamento da ANP, que considerou as datas de 6 a 12 de março, a Bahia também teve a gasolina mais cara do país, além do diesel. O preço de R$ 8,770 foi registrado na cidade de Eunapólis, no Sul da Bahia. Ele é 31,2% mais elevado que a média do litro de gasolina do Brasil, que ficou em R$ 6,683, naquela semana. Em Salvador, ela variava de R$ 6,74 a R$ 8, nesta quarta, segundo uma pesquisa no aplicativo Preço da Hora.
A empresária Djeile Dann, 34, que mora em Eunápolis, tenta economizar de todo jeito. Ela trabalha com limpeza industrial e entrega de água, com caminhões pipa, e tem evitado rodar com os veículos. “A gente vem reduzindo as voltas com o carro, melhorando a logística, para reduzir o custo. Sempre fazendo um roteiro antes de sair”, conta Djeile.
Ela diz que bastava R$ 300 para abastecer o carro, há um ano. Agora, precisa de R$ 500, ou seja, um aumento 67%. “Tive que aumentar o valor dos serviços, em torno de 12%. Mas o aumento para a gente acaba sendo muito mais, só que temos que segurar, para não perder cliente. Então, termina que não sobra dinheiro para a feira do final do mês”, explica a empresária.
De acordo com a ANP, os preços dos combustíveis são livres no Brasil, por lei, desde 2002. “São fixados pelo mercado. Não há preços máximos, mínimos, tabelamento, nem necessidade de autorização da ANP, nem de nenhum órgão público para que os preços sejam reajustados ao consumidor”, esclarece.
A ANP ainda enfatiza que não fiscaliza ou participa da formação dos preços. “Os reajustes são feitos pelos agentes que atuam no mercado, como as refinarias (em sua maioria, da Petrobras), distribuidoras e postos de combustíveis”, afirma. Dessa forma, ela reitera que o levantamento semanal serve para acompanhar os preços e dar transparência aos valores praticados no mercado.