Farmacêuticos têm alertado seus clientes que o preço dos remédios deve subir em breve. Isso porque o órgão do governo responsável por definir o reajuste máximo dos medicamentos deve anunciar nos próximos dias uma alta que será de 10,5%.
O cálculo para atualizar os valores é feito uma vez por ano pela Cmed (Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos) e tem como base inflação acumulada em 12 meses até fevereiro no IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo), que fechou em 10,54%.
A Cmed também leva em conta outros três fatores (X, Y e Z), que analisam questões como a produtividade, a competitividade e o aumento de custos específicos para o setor farmacêutico.
Dois desses fatores (X e Z) já foram divulgados e não vão interferir no cálculo nem para mais nem para menos. Falta apenas o fator Y, que segundo fontes do setor, não será negativo neste ano. Ou seja, o reajuste pode ser até maior que a inflação de 10,54%, mas não será menor.
O anúncio oficial do aumento é esperado até quinta-feira (31). Fabricantes e revendedores poderão subir os preços dentro da nova margem definida pela Cmed, mas somente após publicação de portaria por parte do governo federal regulamentando o reajuste.