Se já não bastasse a situação de abandono e maus-tratos, o animal, para sua desventura, caiu em um buraco profundo no bairro Sapirara, perto da casa do seu dono, e lá ficou por cerca de oito dias.


Somente no sábado (11.03), o homem resolveu resgatar o seu antigo parceiro do local. Mas, segundo moradores, depois de verificar a situação degradante do equino, que, definitivamente, não lhe teria mais utilidade prática, resolveu abreviar a sua vida, a golpes de pau e pedra.

Revoltada, a comunidade interferiu e tentou dissuadi-lo da ideia de matar o animal. Por conta disso, os moradores contam que passaram a ser ameaçados pelo homem.

Logo após a saída do agressor, a comunidade começou a socorrer o equino, alimentando-o com capim, ração e água. "Ele está muito debilitado. Só consegue levantar a cabeça para comer", disse uma moradora ao Radar.

Os moradores dizem que já entraram em contato com o Centro de Controle de Zoonoses e com a Polícia Militar. Até a tarde deste domingo (12), nenhum dos dois órgão esteve no local.

O homem também possuí outros cavalos, utilizados na mesma atividade comercial.

LEI NÃO É FISCALIZADA – Conforme a lei 1657, vigente no município de Porto Seguro, são considerados maus-tratos as ações ou omissões contra os animais que implique crueldade, causando-lhes dor e desconforto, especialmente a falta de alimentação mínima necessária, excesso de peso de carga, tortura como chicotadas, obrigar animais feridos ou doentes a trabalhar e o que mais dispõe a Lei de Crimes Ambientais (Art. 32 da Lei 9.605/98).

Além de contar com lei específica regulamentando a questão, Porto Seguro tem a primeira vereadora eleita pela causa animal, além de uma Secretaria de Meio Ambiente que, nesta gestão, acrescentou a causa animal à sua denominação. No entanto, casos como o ocorrido no último sábado continuam se repetindo no município, especialmente em Caraíva.111

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