Uma apresentação mais detalhada do projeto de construção da ferrovia Bahia-Minas foi pauta de uma reunião na tarde desta segunda-feira (3/4), na Prefeitura de Nanuque, com representantes da Multimodal Caravelas (MTC), empresa que vai executar a obra. O investimento é da ordem de R$ 8 bilhões, podendo ser ampliado.
O prefeito Gilson Coleta recebeu o presidente da MTC, Divino Barros, o consultor Fernando Cabral e o ex-deputado João Leite, que expuseram algumas etapas do projeto. A empresa, que tem sede em Belo Horizonte, recebeu a autorização para a construção e exploração da estrada de ferro, que fará a ligação entre Caravelas, no extremo sul baiano, e Araçuaí, no Vale do Jequitinhonha, em Minas Gerais, pelo prazo de 98 anos. O projeto definitivo da ferrovia está sendo elaborado para encaminhamento à Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT).
Criada em 1882 e desativada em 1966, há 57 anos, a Bahia-Minas deve ser reconstruída e reativada dentro de oito anos. Conforme explicou o consultor Fernando Cabral, "a ferrovia deve passar pelas mesmas cidades do roteiro anterior, só que o trajeto deverá ser diferente. Afinal, não tem como a estrada de ferro passar na sede dos municípios como acontecia antigamente".
Conforme Cabral, além do transporte de cargas, existe a possibilidade de haver o transporte de passageiros na ferrovia. "O transporte ferroviário é uma importante alternativa num País que está com a frota envelhecida e estradas sucateadas", diz.
Não é de hoje que se fala em retomar o empreendimento. O assunto chegou a ser tratado em Nanuque, durante audiência pública da Comissão Extraordinária Pró-Ferrovias Mineiras da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), em junho do ano passado.
A Multimodal Caravelas tem planos de oferecer serviços logísticos que contemplem a estrada de ferro Bahia-Minas, além do porto e aeroporto, em Caravelas. Também está incluída a implantação de uma Zona de Processamento de Exportação (ZPE).
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