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ECONOMIA

Tarifaço de Trump e ataque hacker: por que as criptomoedas estão derretendo

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Cautela com o impacto que as tarifas podem ter afastam investidores de ativos de risco. Criptomoedas / Bitcoin / Ethereum

Reuters

O Bitcoin opera em forte baixa nesta terça-feira (25) e já caiu abaixo de US$ 90.000, chegando ao menor valor desde 18 de novembro. Por volta das 14h40, a criptomoeda era negociada a US$ 87,3 mil, com uma queda de 7,74%.

Além do Bitcoin, outras moedas digitais também vivem um dia de desvalorização. O Ethereum, por exemplo, tinha queda de 8,84% no mesmo horário, cotado a US$ 2,4 mil.

Isso acontece porque os investidores voltaram a se preocupar com as tarifas que os Estados Unidos pretendem impor aos produtos importados que chegam ao país.

Além disso, as criptomoedas também sentem o impacto negativo do recente ataque hacker contra a corretora cripto Bybit, a segunda maior do mundo, atrás apenas da Binance.

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Cautela com o tarifaço de Trump

Os investidores estão mais cautelosos porque há sinais de que a economia dos EUA pode estar desacelerando. Além disso, o presidente Donald Trump planeja aumentar tarifas sobre importações, o que pode afetar os mercados.

Na segunda-feira (24), Trump reafirmou que pretende aplicar uma taxa de 25% sobre importações do Canadá e do México a partir do início de março. Como reflexo dessa incerteza, os preços dos títulos do Tesouro dos EUA – considerados os investimentos mais seguros do mundo – subiram rapidamente, com investidores buscando um "refúgio".

Nesse movimento, os investidores retiram dinheiro dos ativos mais arriscados, como as criptomoedas, para migrar para o Tesouro americano, o que contribui para o mercado cripto registrar fortes baixas.

"A situação macroeconômica tem sido a principal razão para a queda do preço nas últimas horas", disse Marcel Heinrichsmeier, analista de ativos cripto do DZ Bank, à agência de notícias Reuters.

Além da situação macroeconômica, o mercado também reage negativamente à notícia sobre o ataque contra a Bybit.

Segundo especialistas, esse foi o maior ataque contra empresas de criptomoedas já registrado, com um custo estimado de US$ 1,5 bilhão, e levantou questões sobre a segurança de investir nesses ativos.

"A liquidação brutal que está acontecendo no mercado cripto não é inesperada, considerando que acabamos de ver o maior hack da história", disse Charles Wayn, cofundador da plataforma blockchain descentralizada Galxe.

Por fim, parte dessa mudança de sentimento em relação ao mercado cripto também se deve ao fato de que as políticas dos EUA não corresponderam às expectativas dos investidores.

Alguns meses atrás, o otimismo de que o governo Trump criaria um fundo estratégico para o Bitcoin e afrouxaria as regulamentações levou os investidores a antecipar um novo salto na criptomoeda, que ultrapassou US$ 100.000 em dezembro.

No entanto, além da nomeação de alguns funcionários favoráveis às criptomoedas após sua posse, Trump ainda não trouxe medidas concretas para os investidores.

g1

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