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ECONOMIA

Desaceleração da atividade é necessária para redução da inflação, diz diretor do Banco Central

As declarações foram dadas pelo diretor de Política Econômica do BC, Diogo Guillen, durante conferência em Lisboa (Portugal), organizada pelo Banco de Portugal.


Foto: ISTOÉ DINHEIRO
As declarações foram dadas pelo diretor de Política Econômica do BC, Diogo Guillen, durante conferência em Lisboa (Portugal), organizada pelo Banco de Portugal. BC vem subindo o juro há meses para tentar conter as pressões inflacionárias. O diretor de Política Econômica do Banco Central, Diogo Guillen, afirmou nesta sexta-feira (7) que uma desaceleração do nível de atividade é necessária para reduzir a inflação, e trazê-la de volta para as metas.

As declarações foram dadas durante conferência em Lisboa (Portugal), organizada pelo Banco de Portugal.

"Temos que desacelerar um pouco a economia. O PIB veio um pouco mais fraco do que o esperado. Há sinais que estamos vendo sinais de moderação [da atividade econômica]", acrescentou o diretor do BC, Diogo Guillen.

O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) informou nesta sexta-feira (7) que o Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil cresceu 3,4% em 2024. Foi a maior alta em três anos.

Entretanto, no último trimestre do ano, o PIB brasileiro teve uma leve alta de 0,2%, abaixo dos números observados nos outros trimestres do ano — o que representa uma desaceleração da atividade nos meses entre outubro e dezembro.

No último ano, a inflação oficial, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), somou 4,83%, acima do teto de 4,5% do sistema de metas de inflação.

A meta para o ano era de 3% e seria considerada formalmente cumprida se ficasse em um intervalo entre 1,5% e 4,5%. Desde o início deste ano, essa meta é contínua.

Para reduzir a inflação, o principal instrumento do Banco Central é a taxa básica de juros, que vem subindo nos últimos meses.

Em janeiro, na quarta alta seguida, a taxa Selic atingiu 13,25% ao ano. É o juro real mais alto do planeta. E o BC sinalizou novo aumento em meados de março, para 14,25% ao ano.

Entre os motivos para a inflação alta, o BC tem listado a resiliência do nível de atividade, o mercado de trabalho aquecido, a alta de gastos públicos e o cenário internacional, que tem pressionado o dólar.

A estratégia de subir os juros para conter a inflação tem sido criticada, entretanto, por autoridades do governo federal.

No fim do mês passado, o ministro do Trabalho, Luiz Marinho, afirmou que é uma "imbecilidade" subir os juros para tentar frear o crescimento da economia brasileira, e, desse modo, conter as pressões inflacionárias.

"Temos que produzir mais para controlar a inflação. Se inibe crédito e sobe juros, inibe o investimento. Não existe isso de conter a inflação só pela demanda. Essa é a minha visão. Tenho que pedir juízo ao BC. Não podemos sinalizar com aumento de juros", declarou o ministro, na ocasião.

g1

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