O estado de Minhas Gerais está vivenciando um cenário epidemiológico de Febre Amarela, e a Bahia já se prepara para evitar passar por um surto. A busca por atualização do calendário de vacinação nos postos da capital já tem um aumento considerado. Em alguns postos a população já não encontra a vacina.
Os números em Minas Gerais já são alarmantes, dos 272 casos comunicados até esta sexta-feira (20/01) ao Ministério da Saúde, 47 foram confirmados, sendo 25 óbitos. Além desses casos confirmados, outros 71 óbitos suspeitos e 154 casos suspeitos ainda estão sendo investigados.
A febre amarela é uma doença infecciosa febril aguda, causada por um vírus transmitido por vetores artrópodes, que possui dois ciclos epidemiológicos distintos de transmissão: silvestre e urbano. Atualmente o Brasil tem registros apenas de febre amarela silvestre.
O Ministério da Saúde está divulgando as áreas de risco, e preparando o reforço das vacinas, assim como uma campanha de conscientização. No mês de janeiro, foram distribuídas 650 mil doses da vacina de febre amarela para todo o país, como parte da rotina de abastecimento do Calendário Nacional de Vacinação. O estoque disponível no Ministério da Saúde é suficiente para atender a demanda do momento.
A Organização Mundial da Saúde considera que apenas uma dose da vacina já é suficiente para a proteção por toda a vida. No entanto, como medida adicional de proteção, o Ministério da Saúde definiu a manutenção do esquema de duas doses da vacina Febre Amarela no Calendário Nacional, sendo uma dose aos noves meses de idade e um reforço aos quatro anos. A recomendação de vacinação para o restante do país continua a mesma: toda pessoa que reside em Áreas com Recomendação da Vacina contra febre amarela e pessoas que vão viajar para regiões silvestres, rurais ou de mata dentro dessas áreas, deve se imunizar.
Apenas parte da Bahia está na área de recomendação de vacinação. Os estados do Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco, Alagoas, Sergipe, Espírito Santo e Rio de Janeiro estão fora da área recomendada. É importante informar que a vacina contra a febre amarela é ofertada no Calendário Nacional do Sistema Único de Saúde (SUS) e é enviada, mensalmente, para todo o país. Em 2016, o total distribuído foi de mais de 16 milhões de doses. A vacina é altamente eficaz e segura para o uso, a partir dos nove meses de idade, em residentes e viajantes a áreas endêmicas ou, a partir de seis meses de idade, em situações de surto da doença.
Orientações quanto à vacinação contra a febre amarela
Indicação | Esquema |
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Crianças de 6 meses a 9 meses de idade incompletos | A vacina está indicada somente em situações de emergência epidemiológica, vigência de surtos, epidemias ou viagem inadiável para área de risco de contrair a doença. |
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Crianças de 9 meses até 4 anos 11 meses e 29 dias de idade | Administrar 1dose aos 9 meses de idade e 1 dose de reforço aos 4 anos de idade, com intervalo mínimo de 30 dias entre as doses. |
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Pessoas a partir de 5 anos de idade, que receberam uma dose da vacina antes de completar 5 anos de idade | Administrar uma única dose de reforço, com intervalo mínimo de 30 dias entre as doses. |
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Pessoas a partir de 5 anos de idade, que nunca foram vacinadas ou sem comprovante de vacinação | Administrar a primeira dose da vacina e, 10 anos depois, 1 dose de reforço. |
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Pessoas a partir dos 5 anos de idade que receberam 2 doses da vacina | Considerar vacinado. Não administrar nenhuma dose. |
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Pessoas com 60 anos e mais, que nunca foram vacinadas ou sem comprovante de vacinação | O médico deverá avaliar o benefício e o risco da vacinação, levando em conta o risco da doença e o risco de eventos adversos nessa faixa etária ou decorrentes de comorbidades. |
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Gestantes, independentemente do estado vacinal | A vacinação está contraindicada. Na impossibilidade de adiar a vacinação, como em situações de emergência epidemiológica, vigência de surtos, epidemias ou viagem para área de risco de contrair a doença, o médico deverá avaliar o benefício e o risco da vacinação. |
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Mulheres que estejam amamentando crianças com até 6 meses de idade, independentemente do estado vacinal | A vacinação não está indicada, devendo ser adiada até a criança completar 6 meses de idade. Na impossibilidade de adiar a vacinação, como em situações de emergência epidemiológica, vigência de surtos, epidemias ou viagem para área de risco de contrair a doença, o médico deverá avaliar o benefício e o risco da vacinação. Em caso de mulheres que estejam amamentando e receberam a vacina, o aleitamento materno deve ser suspenso preferencialmente por 28 dias após a vacinação (com um mínimo de 15 dias). |
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| Viagens internacionais: seguir as recomendações do Regulamento Sanitário Internacional (RSI). Viagens para áreas com recomendação de vacina no Brasil: vacinar, pelo menos 10 dias antes da viagem, no caso de primeira vacinação. O prazo de 10 dias não se aplica no caso de revacinação. | |
Correio da Bahia
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