Cerca de 500 famílias do Movimento dos Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais Sem Terra realizam neste momento ações de fechamento em vários trechos da BR 101. O protesto por causa da morte de uma mulher identificada como Maria de Fátima Muniz de Andrade, que era conhecida como "Nega Pataxó". Ela foi atingida por tiro durante um confronto entre indígenas, supostos indígenas e fazendeiros, na zona rural de Itapetinga, no Sudoeste baiano.
Trechos localizados entre as cidades do extremo Sul como Teixeira de Freitas, Itamaraju e Itabela, no Sul e no Sudoeste da Bahia, estão fechados em apoio ao povo patoxó Há-Há-Háe. A ação também resultou em outras duas pessoas feridas, entre eles o Cacique Nailton Muniz, que era marido de Nega Pataxó, e um rapaz que seria integrante do Movimento Invasão Zero.
Vaqueiros que trabalham na propriedade invadida afirmam que cerca de 15 homens armados, alguns encapuzados, invadiram a fazenda no sábado. Uma pessoa chegou a ser feita refém por horas. No dia seguinte, um grupo de fazendeiros foi até o local para desapropriar as terras e foram recebidos a tiros, resultando em intenso confronto.
O MST acusa o grupo de trabalhadores de serem milicianos e disse em nota que "exige do Estado uma investigação célere sobre esse grupo de milicianos que estão praticando diversas ações criminosas na Bahia, atuando como se fosse um estado paralelo e agindo por cima da lei".
Informe baiano